sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Peixes abissais




Os Senhores das Trevas

No fundo dos oceanos, a 4000 metros de profundidade, onde a luz do sol não chega e a temperatura média é de 2 graus, vivem umas espécies de peixes muito estranhas, com um aspecto bastante assustador para os olhos humanos. Esses peixes têm fascinado os cientistas. Conseguiram adaptar-se a viver sob uma enorme pressão. Imagina-te a viver debaixo de 4 mil kgs de água. No seu habitat o alimento escasseia e a reprodução é bastante difícil – no escuro é complicado encontrar um parceiro para acasalar. São os peixes abissais, formas de vida extremamente peculiares. Alguns tem boca e estômago capazes de engolir e digerir presas com o dobro do seu tamanho. Nas condições do que talvez seja o mais inóspito dos ambientes, por sinal o maior habitat do mundo, muitos desses peixes desenvolveram sistemas orgânicos destinados a iluminar as trevas e atrair as presas: possuem luzes no próprio corpo, que acendem e apagam como lanternas quando necessário.

Na vastidão dos oceanos, os peixes abissais não encontram fronteiras naturais a sua circulação. E espalharam-se dos trópicos até as regiões polares. Como não vivem em cardume, e normal que, ao encontrar uma companheira, um desses peixes não se arrisque a perde-la. Em certas espécies, o macho funde-se com a fêmea, passando a fazer parte do seu corpo. Transforma-se assim em pouco mais do que um fornecedor de espermatozóides.
Até meados do século passado, os cientistas negavam que existisse vida no mar abaixo dos 500 metros. A 2000 metros, a esmagadora pressão da água pode rebentar um cilindro de oxigénio, dos que os mergulhadores utilizam para mergulhar. Explorando os domínios marinhos mais profundos, as missões de pesquisa acabaram por descobrir, no entanto, que os obstáculos da pressão e da escuridão não são intransponíveis para certos peixes.
Hoje sabe-se que essa classe de vertebrados, a mais antiga que existe, vive em qualquer lugar onde haja água - dos tenebrosos abismos oceânicos até a superfície do mar aberto. Não existe limite de profundidade para a vida. Há peixes que nadam a 300 ou 400 metros, mas também mergulham em profundidades de 4000 metros ou mais ainda.

sábado, 20 de setembro de 2008

Dodó

O Dodó era uma ave que não conseguia voar, com cerca de um metro de altura. Vivia nas ilhas Maurícias, situadas na costa leste da África. Comia frutas e nidificava no chão, mas acabou por ser extinta graças à acção do ser humano, durante o processo de colonização da ilha.
O Dodó não tinha medo das pessoas e além do mais, não voava, o que fez dele uma presa fácil para os humanos. Os primeiros colonos da ilha foram os Portugueses, que chegaram em 1505. O nome Dodó teve origem no facto de ser uma ave desajeitada. Chamavam-lhe "doudos", (português arcaico), ou seja "doidos". O Dodó era um excelente alimento além de pesanr cerca de 16 quilos.

Mas esta não foi a única ameaça que passaram a enfrentar. Quando os humanos chegaram, trouxeram consigo outros animais, como porcos, ratos e macacos, que destruíam os ninhos do Dodó. O último Dodó foi morto em 1680.
Recentemente, os cientistas descobriram que uma espécie de árvore da ilha Maurícia estava a desaparer. Só existiam 13 exemplares em toda a ilha, e tinham mais de 300 anos. Nasceram na época em que os últimos Dodós foram mortos. Descobriu-se que os Dodós comiam sementes da árvore, e só quando as sementes passavam pelo aparelho digestivo dos Dodós é que ficavam activas, podendo dar origema uma nova árvore. Ao fim de algum tempo descobriu-se que era possível conseguir o mesmo efeito se as sementes fossem comidas por perus. A árvore foi salva e agora é conhecida por árvore-dodó.